A Pieve de Sant’Antonino foi construída no...
A Pieve de Sant’Antonino foi construída no século XI dentro do borgo fortificado do castelo de Travo. É a única igreja do local e a sua entrada hoje é pela lateral, após passar sob o arco de entrada do borgo, de onde se vêem a torre e a pequena porta lateral. Foi deixada por muitos anos em estado de abandono, tanto que por volta de 1600 a construção parecia ser comprometida. Nos primeiros anos do século XVIII algumas obras deram nova vida ao pequeno edifício, mas a verdadeira restauração e a modificação da fachada só foram executadas em 1815.
As fontes para o estudo da vida de Antonino são relativamente tardias: O documento mais antigo que se tem notícia, conservado no arquivo da basílica de Sant’Antonino em Piacenza, chama-se “Gesta Sanctorum Antonini, Victoris, Opilii et Gregorii PP. X”, que é do fim do século IX ou início do século X, e que narra muito sobriamente a história da sua vida e das suas relíquias. Quanto à existência do santo não há dúvidas, mas são incertas as origens de Antonino e até a sua condição de centurião da Legião Tebéa é, por alguns históricos, colocada em dúvida. Também resta incerta se a sua decapitação tenha acontecido às margens do rio Trebbia, no vilarejo de Travo ou se tivesse ocorrido em Piacenza, próximo ao local onde fora sepultado.
O certo é que o culto ao santo é muito antigo, atestado já no século seguinte a morte do santo. Sant’Antonino sempre foi e o é ainda hoje muito cultuado e vivo no dia-a-dia da cidade de Piacenza, que o escolheu, junto a Santa Giustina, como santo patrono, dedicando a ele a primeira catedral. Muitas outras igrejas da diocese de Piacenza têm Sant’Antonino como titular, como no caso da Pieve di Sant’Antonino di Travo, a qual possui poucas obras, como uma pintura e uma escultura do século XI. Sobre a antiga entrada, um órgão utilizado nas celebrações de casamentos, batizados e festas religiosas, Alguns afrescos no teto contam um pouco da história do santo e os poucos habitantes mal cabem na igreja durante as missas. Mas por devoção ao santo, nada é sacrifício.
