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Piazzale Delle Crociate

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Com a morte de Maomé os exércitos m...

Com a morte de Maomé os exércitos muçulmanos iniciaram a conquista dos antigos senhores. Bizantinos e persas sassânidas acabaram sucumbindo e perderam parte da Síria, a Palestina, o Egito e o norte da África. Numa segunda investida, ampliaram seus domínios às ilhas do Mediterrâneo, parte da Índia, a Península Ibérica, o sul da Itália e à França. Em 1095 o papa Urbano II proclamou a primeira Cruzada dos exércitos de reinos europeus cristãos contra os exércitos muçulmanos, prevalentemente na Ásia Menor e no Mediterrâneo. O objetivo inicial era liberar a Terra Santa e Jerusalém dos muçulmanos e resgatá-las ao cristianismo. A realidade é que o conflito durou do século XI ao século XIII e marcou para sempre o conflito das religiões. Mas a Primeira Cruzada, que acabou perdendo, de uma forma ou de outra, todas as suas conquistas, deu início à expansão do ocidente, dos descobrimentos, da reconquista da Península Ibérica e introduziu o imperialismo ocidental.


Pois foi do Largo das Cruzadas, “Piazzale delle Crociate”, em Piacenza, que na primavera de 1095 partiram os primeiros guerreiros abençoados por Urbano II, e não em Clermont, na França em Novembro do mesmo ano. Foi Urbano II quem conclamou o “Concilio Generale” ao ar livre, sobre um prado onde hoje surge a basílica de Santa Maria Di Campagna, edificada entre 1522 e 1528, que à época hospedava a pequena igreja de Santa Vitoria. A cidade não havia acomodações suficientes para acomodar os cerca de 30.000 laicos, 200 bispos, 3.000 clérigos e a rainha Eupraxia de Kiev, esposa do imperador Henrique IV da Germânia, o que obrigou toda a área até às margens do rio pó transformar-se em um imenso acampamento. No final do Concilio, Urbano II proclamou a necessidade de uma cruzada na Terra Santa, para liberar a o Santo Sepulcro das mãos dos infiéis, antecipando a decisão “oficial” de Clermont.

Hoje o largo é um trecho movimentado da cidade, sendo uma das entradas do hospital da cidade. Os passantes, na sua maioria, ignoram a importância histórica do local. Só algumas congregações, presentes desde a época, resistem como testemunhas silenciosas da história. Conhecer o passado nos permite saber como chegamos a ser quem somos, evitar erros já cometidos e ajuda-nos a projetar o nosso futuro. Sem a necessidade de novas cruzadas. Espero.
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