Visão geral da região de Soure e Salvaterra
A Ilha de Marajó é a maior ilha fluviomarítima do mundo, compreendendo aproximadamente uma área do tamanho da Suíça. Além disso, suas diversas cidades e regiões não são ligadas por estradas, sendo o transporte fluvial o único disponível Conhecer todas as regiões da ilha é uma tarefa bastante complicada. Mas se você estiver em Belém do Pará, uma opção interessante é conhecer a região de Soure e Salvaterra. Além de terem um estrutura de turismo bem razoável para os padrões da região, ainda oferecem paisagens deslumbrantes para os visitantes.
A rede de transportes da ilha é um tanto precária, baseada sobretudo em mototáxis. Não vi locação de automóveis. Porém, mesmo que haja a possibilidade, não é muito aconselhável devido às dificuldades de orientação e estradas acidentadas. O melhor caminho mesmo é contratar um pacote de turismo receptivo, que percorre a região com uma van parando nos pontos mais importantes. No meu caso, fiz o passeio com a Mururé Turismo.
O guia Esequias se mostrou muito solícito e bem informado, e desde o início deu todas as informações importantes, tirando várias dúvidas. Antes de começar o tour, tivemos que atravessar o rio por balsa para Soure - a minha pousada era em Salvaterra. Começamos cruzando o centrinho do vilarejo, em direção a praia de Barra Velha. Na estrada, cruzamos por um rebanho de búfalos sob a sombra uma frondosa árvore. A pedidos, a van fez a parada para tirarmos algumas fotos. Mais adiante, percorremos um caminho por entre a floresta e finalmente chegamos à Barra Velha. A paisagem é incrível, com os bancos de argila, piscinas naturais na areia e as árvores com raiz exposta. Surreal!
Na sequência, nos dirigimos à Praia do Pesqueiro. Bonita e rústica, se estende por uma imensidão de areia repleta de quiosques. No momento que estive, porém, o lugar estava vazio e tranquilo. Voltando ao centro de Soure, visitamos à famosa loja de cerâmica marajoara, onde um descendente dos índios locais demonstra o processo na hora para os visitantes. Ambos os donos dão explicações bem instrutivas sobre a história e peculiaridades do local e de sua atividade. No fim, fica difícil não adquirir uma das peças à venda.
Voltando à Salvaterra, a van circula pelo centrinho e chega até a Orla, recentemente revitalizada. Tudo muito simples mas bem organizado. E com isso se encerra o passeio, restando a vontade de saber mais sobre a Ilha.
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