Um grandioso e esquecido monumento
Com o advento da República Brasileira, as ferrovias entraram em certo declínio e muitos presidentes passaram a investir nas rodovias. A primeira metade do século XX viu a pavimentação de muitas vias, principalmente na região sudeste. Foi nesta época que foi construída uma via que ligava a capital federal ao grande polo industrial que se erguia em São Paulo, esta só seria inaugurada em 1951 pelo então presidente Eurico Gaspar Dutra.
Porém, antes disso tinha sido inaugurado uma icônica obra na rodovia, que sempre chamou minha atenção desde criança, o Monumento Rodoviário. Planejado para ser um marco na Serra das Araras, o local contava com um mirante, jardim e restaurante, que deveriam ser uma parada obrigatória de quem passava pela região. A obra se iniciou nos anos 1920, quando o Modernismo efervescia no Brasil o que pode ser observado pelas linhas art dèco (que anda em extinção no Brasil) e se prologou até o final dos anos 1930. Quando inaugurado, o Monumento Rodoviário ficou marcado pela suntuosidade, o seu “farol”, ou mirante, podia ser visto a quilômetros de distância de quem se aproximava da serra.
