Allan Robert P. J.
O monumento ao “Pontiere” (soldado do Bat...
O monumento ao “Pontiere” (soldado do Batalhão de Engenharia construtor de pontes) foi construído em 1928 em uma posição cenográfica interessante, bem em frente a ponte sobre o rio Po, que neste ponto divide as regiões Emília-Romagna (onde está Piacenza) e a Lombardia. A obra, inaugurada pelo rei Vittorio Emanuele III em 27 de Maio de 1928, foi realizada pelo escultor e “pontiere” Mario Salazzari, apresenta uma estrutura de mármore, com guirlandas e brasões das cidades de Roma, Veneza, Piacenza e Verona. Na base existem quatro grupos escultóricos em bronze. É a primeira visão da cidade de quem chega da Lombardia através da ponte.
O monumento foi realizado para celebrar o 2º Regimento Pontieri, alojado no quartel às margens do rio Po, em Piacenza, fundado em 1883, que além da atividade militar, presta socorro à população em casos de emergência, particularmente durante as grandes cheias do rio. Atualmente foram os responsáveis pela construção da ponte provisória que liga as duas regiões, uma vez que a ponte civil que fazia a ligação caiu em Abril de 2009.
Na parte orientada ao centro da cidade estão representados quatro soldados que recolhem da água com grande esforço o característico barco usado pelos pontieri com a proa quadrada. A cena é dominada por uma figura feminina que representa a Itália nas vestes da Deusa Roma segurando uma representação da “vitória alada”. Nas laterais, duas figuras alegóricas de velhos com longas barbas, deitados, que derramam água de grandes ânforas que representam o Piave e o Isonzo, rios que foram teatro do heroísmo italiano durante a Primeira Guerra Mundial.
A parte oposta, aquela direcionada ao rio, representa as ações heróicas dos pontieri em tempo de paz. A cena há uma composição piramidal, assim como a cena do lado oposto, com soldados que salvam das águas uma mulher quase morta e uma jovem. Acima deles uma figura feminina alça ao céu um menino.
Quando chegamos a Piacenza, brincava com as minhas filhas pequenas fingindo espanto: “Quem roubou a estátua que tinha lá no alto?”
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