Estar ali era como estar mais perto do céu
Seguindo a românica rota que sai de Besalú, chegamos ao Santuário Mare de Deu del Mont. É um lugar tão imponente e maravilhoso que fica difícil descrevê-lo, as pontes, as vistas, os mirantes, as estreitas ruas de paralelepípedos, o surpreendente Santuário, as imagens, a Mare de Deu no altar (como a Virgem Nossa Senhora do Rosário, na Catedral do Rosário na Argentina). Uma igreja impecavelmente mantida com portas de placas de madeira, unidas por rebites de ferro e fechaduras, a vista extraordinária, os móveis que foram usados pelo Presbítero Jacinto Verdaguer, a espetacular escultura de bronze em tamanho natural que fica do lado de fora regendo o lugar, o espaço que ocupava sua biblioteca, a beleza fabulosa da cama em que ele dormia, feita por excelentes marceneiros.
Tudo ali é emocionante, incomum e mágico.
O local está configurado como um hotel, muito acolhedor e com uma incrível vista para os vales e montanhas. A decoração é muito agradável e intensa, o que mais chamou a minha atenção foi um relógio talhado em madeira com folhas de ouro, cuja esfera é formada por uma pasta tecida em crochê.
A vista para o Mediterrâneo a partir da área de descanso do Padre Jacinto é indescritível. De acordo com minha amiga Adriana, eu tinha cara de quem não acreditava no que estava vendo.
Na capela tinha um livro para os visitantes e eu escrevi que "estar ali era como estar muito mais perto do céu", e realmente me senti assim.
Após a visita, fomos descendo cuidadosamente pelo caminho, fotografando as janelas cheias de gerânios vermelhos e tirando fotos de tudo mais, até mesmo dos cartazes de indicação que foram a maneira que usei para me localizar no lugar para contar os detalhes. Em um desses cartazes está escrito "Bem-vindas a Albanya" e a localização das Capelas, mosteiros e santuários. Buscamos o carro que estava estacionado mais abaixo porque só podem subir os carros das pessoas que trabalham no local. Nosso próximo passeio foi para Roses.
