Grande Encruzilhada
Minhas fotos já estão antigas. Preciso voltar lá. Mas aposto que a estação da Luz continua tão intrigante e fotogência quanto sempre foi.
A estação da Luz foi construída para duas coisas: pra gente pegar trem e pra gente tirar fotografia. Qualquer fotógrafo fica doido naquele lugar. Para todo lado ou canto que se olhe, tem uma bela foto esperando para ser feita. E é grande a chance de ela já ter sido feita. Quando eu fui, vi mais uma dúzia de pessoas que estavam lá, evidentemente, só para fazer fotografias. A maioria tinha equipamento caro e se contorcia em busca daquele ângulo especial. Mas também é grande a chance de você olhar e achar uma foto que nunca foi feita, porque as possibilidades são inúmeras. Vá lá e depois me diga se eu não estava certo.
Convenhamos que São Paulo não é uma cidade muito segura, mas, pelo menos dentro da estação, a segurança é máxima. A estação está repleta de agentes de segurança, muitos bem grandes, armados e mal encarados. Deve haver agentes disfarçados também. Todos eles me olhavam muito, até me senti um pouco desconfortável, mas nenhum deles me incomodou. Pude tirar muitas fotos junto com todos os outros que estavam lá fotografando.
Se você não se interessa muito por foto, também pode pegar um trem. A estação da Luz é um ponto de convergência de várias linhas de trem e do metrô. Dali, você vai para praticamente qualquer lugar que seja servido pelas linhas férreas. É uma estação grande. Não é difícil alguém se perder lá dentro.
A estação também é interessante por fora. É uma construção antiga e bonita, e a poucos passos de três atrações turísticas: o Parque da Luz, a Pinacoteca do Estado e o Museu da Língua Portuguesa. Sim, um ao lado do outro. Basta pôr os pés na rua para ver tudo isso a poucos metros de alcance. Eu, particularmente, recomendo a Pinacoteca.
De uma forma ou de outra, é um dos lugares mais interessantes de São Paulo.


