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Enterrar o cozido de Furnas

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Furnas Morada

4 opiniões sobre Enterrar o cozido de Furnas

Enterrar o guisado de furnas

Toda uma arte: O enterro do guisado de Furnas!
Para mim, foi a primeira vez que vi um guisado enterrado no chão, para que os vapores que emanam do mesmo e os dois fluxos de ar: um frio e outro quente, faziam que preparavam o guisado.
É uma maneira muito natural de preparar o guisado, já que a própria terra o cozinhava. O guisado aqui nos Açores pode ser de duas maneiras: De bacalhau ou de carne, eu pessoalmente, decidi experimentar o de carne, porque eu não gosto muito de bacalhau.
Para você ter uma idéia eu explico, cavaram o chão e, simultaneamente, cimentaram alguns bauracos, que são fechados por tampas de madeira e dentro deles se coloca uma espécie de panela com o cozido.

Eu realmente acho que foi um dos lugares mais curiosos que eu conheci na minha vida, já que não é todo o dia que você vê como enterram a comida que mais tarde vão colocar para você na mesa hehehe ...
Ainda me lembro do gosto (um pouco estranho e diferente do sabor que conhecemos aqui na Espanha) do guisado que foi cozido no calor das crateras vulcânicas.
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Cozido das Furnas São Miguel Açores

As nove ilhas que formam o arquipélago dos Açores são toda de origems vulcânica e estão associados com o sistema Dorsal Atlântico, uma enorme cordilheira submarina que atravessa todo o Oceano Atlântico de norte a sul. Como acontece com qualquer sistema vulcânico, existem áreas onde o magma está próximo da superficie, aquecendo aquíferos e a própria Terra. Isso acontece na vila das Furnas, na ilha de São Miguel, um local ao lado de um lago que tem o mesmo nome, originário de uma antiga cratera vulcânica. Na zona há uma área com chaminés naturais de onde sai vapor de água quente, lama efervescente, fontes de água com componentes minerais diferentes e temperaturas variadas e um forte cheiro a enxofre.

Nesta área foram capazes de utilizar a energia geotérmica, a energia que vem das profundezas da terra para cozinhar e aplicando diferentes tecnicas. Entres os condimentos que são cozinhados, podemso encontrar,por exemplo espigas de milho que ´são cozidas nas próprias chaminés naturais. No início, chamou-nos a atenção ver grandes sacos metidos dentros das fontes de água quente, até que vemos um homem que, com uma vara de metal, habilmente puxou para fora da fonte e estava cheio de espigas de milho, estas espigas são vendidas posteriormente aos turistas à entrada do parque. Curiosos, compramos uma para provar, estavam otimas! Com cuidado para não nos queimar-mos, tinhamos que remover as folhas que cobriam a espiga e, em seguida, lentamente tirar os grãos de milho suculentos e quentes. Claro que, imediatamente compramos mais. Mas a grande especialidade da zona chama-se Cozido das Caldeiras, algo único e especial. Prepara-se de acordo com o seguinte protocolo: numa panela especial, colocam-se todos os ingredientes, mais ou menos, os usados no Cozido à Portuguesa, várias carnes, como frango, carne de porco, salsichas, e um monte de legumes, batatas, repolho, cenoura e abóbora, grão de bico nunca. A panela é fechada e é inserida em buracos cavados na terra na margem do lago, onde parece que o fundo está borbulhando e é coberto completamente com terra, e identifica-se com uma plaquita, para sabermos mais tarde qual é a nossa. Permanece ali durante uma seis horas, fervendo lentamente no calor da terra e, no final, a panela tem que ser retirada para o exterior por alguem especialista. O prato assim preparado é levado aos restaurantes, ou um parque de merendas e posso-vos confessar que é um autentico manjar. Eu acho que a cozedura lenta de todos os ingredientes e ,dizem alguns, com um pequeno toque de enxofre, torna este prato único. Uma recomendação, para saborear este prato deve-se fazer reserva no dia anterior e indicar o número de convidados, ou inscrever-se numa excursão organizada. Nós comemos no restaurante local, mas há vários restaurantes da vila que servem este cozido.
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Visite tudo o que rodeia estes lugares

Excelente

Muito interessante visitar e ver como se faz. O cheiro e o sabor de facto não aprecio mas a forma como tudo está organizado e se tira proveito da natureza é fantástico.

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