O Duomo de Cremona, a catedral dedicada...
O Duomo de Cremona, a catedral dedicada a Nossa Senhora da Assunção, foi edificada no início do século XII e representa, do ponto de vista artístico, um dos principais exemplos da arquitetura religiosa do norte da Itália. Domina a Piazza del Comune, fulcro e coração da antiga cidade medieval. Se encontra no ponto mais alto da cidade, formando com o Torrazzo (a torre anexa) e o Batistério o pólo da vida religiosa. O Duomo é a sede episcopal da Diocese de Cremona.
Na praça encontra-se o Pallazzo Comunale (a Prefeitura) com a Loggia dei Militi, centro da atividade civil e política. Essa organização urbanística tipicamente medieval caracterizava, além de Cremona, grande parte das antigas cidades da Itália setentrional e é a prova de uma relação de recíproca troca entre os poderes político e religioso.
À época da construção da catedral, Cremona gozava de grande prestígio, graças a uma série de sucessos no campo militar e a condições económicas favoráveis. O local escolhido para a construção era o mais alto da cidade e próximo ao original “castrum” romano, reparado das enchentes causadas pelas cheias do rio Po. No local escolhido existiam duas antigas igrejas, dedicadas a Santo Stefano e Santa Maria, demolidas para permitir a construção do novo templo. A primeira pedra foi colocada em 26 de Agosto de 1107.
Em 3 de Janeiro de 1117 um devastante terremoto danificou a Catedral, que foi reconstruída com muitas diferenças em relação ao projeto original. Sucessivas modificações e restauros modificaram ainda mais a construção. O complexo do Duomo, o Batisttero e o Torrazzo encontra-se destacado do resto do tecido urbano, circunscrito por ruas e praças, depois de uma série de demolições nos imóveis adjacentes no início do século XX.
O Torrazzo de Cremona, a torre anexa à Catedral, é o símbolo da cidade lombarda e mede 112,27 metros de altura, sendo a segunda torre campanária mais alta da Itália. 502 degraus: é necessário muito fôlego, mas o Torrazzo, assim como o torrone, são um capítulo à parte na história de Cremona.


