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Albergue Corihuasi, Cuzco

Descrever o Corihuasi levaria dias, na verdade, durante a minha primeira viagem a Cusco (com Z, no Peru) escrevi uma crônica, em que o hostel era um protagonista mais. Cusco continuar a crescer, tornando-se cada vez mais internacional, mas sem nunca perder a sua magia misteriosa. Há recantos que o comprovam: Um deles é esta antiga casa, na íngreme rua Suécia. Colonial, com telhas de barro, paredes caiadas de adobe e chão de madeira, o Corihuasi tem belos pátios de pedra, portas de madeira pintadas de verde, e gerânios sempre floridos nas janelas. Os quartos são todos diferentes, não são pequenos nem escuros, está cheio de luz e com várias varandas.

Mas nada se iguala ao quarto n ° 1. Desgastado, no alto dos telhados da cidade, através das suas grandes janelas ve-se toda a cidade de Cusco. Naquela primeira viagem, há exatamente cinco anos, voltava de Machu Picchu para Cusco, como todos, quando voltam da cidade perdida dos Incas. Muito feliz, mas sujo e exausto. Contei a experiência das minhas escapadas a Ernesto Madrid, admistrador do albergue, e até confessando que no dia seguinte era o meu aniversário. Como presente de anos, passou-me do meu pequeno quarto de solteiro para o quarto n ° 1, que por sorte, essa noite, estava desocupado. Guauuu, estava fascinada. Lembro-me que tomei um banho de mil horas e meti-me na cama às escuras, e Cusco um autentico spray de luzes amarelas entrava pelas janelas. Acordei com os sinos da igreja, como se estivessem locos, que em Cusco tocam a qualquer momento. Era o meu aniversário, então entregada ao espetaculo que rodeava, fiquei na cama até as 11h.

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