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Basílica de Sant'Antonino

4 opiniões sobre Basílica de Sant'Antonino

Quem chega na praça Sant’Antonino fica im...

Quem chega na praça Sant’Antonino fica impressionado e fascinado do enorme volume solene da Basílica de Sant’Antonino. Um conjunto de volumes de diferentes alturas que se incorporam, dominados por uma alta torre octogonal. Torre que, na realidade, mais parece uma torre civil que uma torre campanário.

A Basílica de Sant’Antonino, padroeiro da cidade de Piacenza, é uma igreja imponente de estilos diferentes. A sua construção em estilo românico iniciou-se por volta de 350 e foi concluída em 375, por vontade de San Vittore, o primeiro bispo da cidade, para ser utilizada como a sua sepultura. A igreja sepulcral fora construída em uma área fora dos muros da cidade, que à época era usada como cemitério. Em 388, o então bispo San Savino teria tido uma visão através de um sonho, no qual Sant’Antonino teria indicado o local exato da sua tumba, a poucos metros da Basílica. Localizados em uma tumba ipogéia, os restos do santo foram exumados entre 388 e 400 e transferidos à Basílica. No local onde fora encontrada a tumba do santo, foi erguida uma pequena igreja, que na Idade Média ganhou o nome de Santa Maria in Cortina, atualmente fechada mas em bom estado de conservação. Voltando à Basílica, a planta original era uma cruz latina ao contrário, com três naves longitudinais em direção ao oeste, com o altar bem ao fundo, quase escondido de algumas partes da igreja. Na lateral – o que seria um dos braços da cruz – que dá acesso à via Fanciscana, foi construído posteriormente um portal, que muitos pensam ser a entrada da Basílica. Neste “Portal do Paraíso”, de estilo gótico, pode-se notar as esculturas de Adão e Eva no arco que emoldura a porta, além de estátuas e placas de homenagens. Portanto, que fique claro: A entrada da Basílica é pela Piazza Sant’Antonino.


Por muito tempo se pensou que a Basílica fosse a catedral de Piacenza, quando na realidade a sede episcopal se encontrava na Basílica de San Giovanni de Domo, destruída na primeira metade de 1500. Por se encontrar fora dos muros da cidade, a Basílica de Sant’Antonino jamais chegou a ser o centro do clero piacentino, mas por se tratar da Basílica com os restos do santo, recebia muita doação dos fiéis que pediam em troca, a possibilidade de serem enterrados próximos às relíquias do santo e dos bispos. À época se acreditava que a “virtus sacra” do corpo santo enterrado na Basílica sepulcral pudesse, em qualquer modo, se transmitir aos corpos vizinhos.

Toda essa atenção fazia com que a Basílica de Sant’Antonino provocasse tensão na sede episcopal e as brigas não foram poucas, com o clero dividido. De um lado a parte nobre do clero – graças ao comércio criado em torno à Basílica e parte da via Franciscana, caminho obrigatório de peregrinos, que é a rua lateral da Basílica – normalmente com o apoio do papa e, do outro lado, a figura do bispo, empenhado em um progressivo mas constante processo de centralização dos poderes nas próprias mãos, na tentativa de ser reconhecido como único e indiscutível chefe da igreja piacentina. Até que a intervenção do papa Inocêncio III concedeu a Sant’Antonino um importante privilégio com o qual se reconheceu definitivamente a autonomia conquistada pelo clero antoniniano, decretando a vitória na secular disputa contra os bispos de Piacenza. O papa confirmava aos antoninianos a posse de todos os bens de propriedade, mas, sobretudo, os eximia do juramento de fidelidade ao bispo. Finalmente colocava em guarda qualquer um de maltratar a Basílica de Sant’Antonino. Pena, a excomunhão.
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