Digamos que falo de... Madrid
Hoje os convido a passear por uma das ruas mais interessantes de Madrid. Lugar curioso, típico, tópico, eclético, moderno, brega... podia seguir com os adjetivos, mas sobrariam. Às vezes a Atocha se pode dizer “A rua”, ainda que dizer Atocha já é muito.
Adoro esta rua. Começar pela sua parte baixa, na Glorieta de Carlos V, e acabar na Plaza Mayor, no lugar onde está o santuário que lhe dá nome. Caminhe devagar e não perca os detalhes que pode encontrar numa das artérias mais vivas da Madrid tradicional, do centro, onde tudo começa ou acaba.
Hotéis, bares de tapas, áreas como Anton Martín, que Joaquín Sabina canta por sua concentração de bares. Ande lentamente e preste atenção, encontra o lugar onde foi impressa a primeira edição de Dom Quixote, antigos hospitais do século 18 convertidos em sucursais da Administração Pública, discotecas da moda, mais bares velhos, um toque decadente do que tanto se alardeia da minha querida Madrid, ressabiada graciosidade, um mercado em plena rua, igrejas, mais igrejas e algum convento. Mausoléu de homens ilustres e uma escultura em honra a um inquietante atentado que salpicou a um grupo de advogados trabalhistas.