Rose Andrade
Como não se apaixonar pela cidade do Rio?
O chinelo arrebentou em pleno centro velho do Rio de Janeiro num sábado às duas horas da tarde, horário em que o comércio, nessa região, já está todo fechado e sem a menor chance de conseguir umas Havaianas novas. Com o asfalto em brasa – sim, era verão e fazia um calor que justificava o título do filme de Nelson Pereira dos Santos, Rio, 40 graus – era impossível caminhar descalço. O jeito foi segurar a tira de borracha entre os dedos do pé e arrastar-se até o Arco do Telles, onde há uma concentração de bares e restaurantes, com esperança de conseguir um clip e improvisar uma gambiarra que permitisse usar as sandálias até poder comprar um par novo. Entramos no primeiro bar que encontramos, mas eles não tinham clips.
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